As tentativas de quantificar a Web
Eu andei lendo em muitos textos na Web sobre formas de criação de métricas para a Web. Uma das grandes dificuldades encontradas pelos especialistas é determinar o raio de influência que determinado assunto/marca pode alcançar. Contagem de visitantes únicos já não serve para quase nada: todos especialistas em Web sabem que o importante é saber qual grau de viralização que esses visitantes possuem. O que adianta ter um milhão de visitantes únicos se um pouco mais de mil espalham o conteúdo do site? É preferível que tenha cinco mil visitantes, mas dois mil serem “viralizadores”.
Tentativas de medição de pontes de links e busca por fontes de referência são as tentativas mais usadas para ter um controle desse raio de influência. Serviços como Blogspot, WordPress, Analytics e entre outros já possuem um medidor de referências que determinado link possui em outros sites. Mas sabemos bem que não basta eu apenas “copiar e colar” o link e mandar para outra pessoa, via Twitter, blog, Orkut, etc. O que realmente importa é o elemento indexador que vem com esse link, e aqui caímos para o poder do comentário. O que adianta ter um milhão de pessoas rebatendo seu link mas se todas elas falarem mal de seu site?
Essa questão do comentário é o mais primordial, ao meu ver. Mas tem outros pontos ainda obscuros. Como medir se alguém é viralizador ou não? Existem várias formas de viralizar algo. Postar no Twitter não é a mesma coisa do que mandar via scrap para um amigo. São raios de alcance diferentes e com características próprias, assim como postar no blog, comentar por fórum, etc. Além disso, a própria forma de contagem de visitantes tem sérias dúvidas. Tudo por conta do tempo de navegação. O que adianta ter um milhão de visitantes únicos no mês mas se todos ficam 10 segundos em seu site? Como sabemos, o buscador Google é uma das formas mais usadas para buscarmos algo na Web. Se eu entro em um site indicado pelo buscador do Google e vejo que não é o que eu quero, eu simplesmente saio sem ler tudo. Mas mesmo assim eu sou contado como um visitante único, só por ter entrado no site. Atualmente, existem medições de tempo médio de navegação no site para os visitantes, mas mesmo assim, tempo médio, como o próprio nome já indica, é uma média. Um internauta ficar 10 minutos navegando no seu site e outro ficar 10 segundos não é a mesma coisa que os dois tenham navegado um pouco mais de 5 minutos cada. Sabemos bem disso, como usuários médios da internet.
Por isso que defendo que não dá para medir com precisão a maioria das coisas da Web. É tudo muito subjetivo e segmentado. É caso a caso. Então, que tal as pessoas verem a internet como rede de relacionamentos e incentivador de integrações ao invés de um Ibope online?
www.atlasmedialab.com
Acho que o principal problema é que o "ibope" online é o que vende. Seria lindo se todos pudessem ver a web como uma "rede de relacionamentos e incentivador(a) de integrações", mas isso não vende publicidade. Vc vai vender um banner, vc vende as exposições, os clicks. Vc não vende a relevância dentro de um nicho.
Quem sabe num dia em que a gente aprender a monetizar sem ter que "vender o ibope" as coisas mudam.
então jacque, o ponto de vista que quis defender é que justamente dessa forma não rola. E pelo que ando vendo, as grandes empresas, que tenham o mínimo de planejamento web, sabe que isso não cola mesmo. É coisa ultrapassada.
É nessas horas que a gnt diferencia uma empresa competente de uma razoável.
mas veja só Ishida, que isso vai piorar ainda mais com a TV Digital. Já tem tese sendo feita tentando dimensionar como fica a grade de valores de inserção de empresas/patrocinadores. Afinal (isso deve demorar mais de uma década, mais há de vir em algum momento), vai chegar o momento em que não é o tempo de intervalo que vai medir uma propaganda. Já se falou em colocar logotipo da empresa na área de interatividade, de deixar links, ou até mesmo na volta de programas com o cunho dos tempos mais áures do rádio, com o nome do patrocinador no próprio programa (a exemplo do Repórter Esso). Algumas alternativas, pouca precisão de alcance. E como medir então?
Obrigada por sempre nos colocar essas perguntas instigantes.