Encontrando modelos de negócios em Web
Finalmente alguém desistiu de enfrentar a Web e percebeu que ela é um modelo de negócio, ao invés de vê-la como um obstáculo.
Radiohead não voltam a gravar álbuns
Apesar que, confesso, existe uma certa aura, enquanto fã, de ter o CD do seu grupo favorito, de escutar no aparelho de som ou no carro e até mesmo de ter o encarte do álbum em mãos. Mas precisamos ser realistas: esse é um modelo que não vem rendendo para os grupos musicais. Primeiro veio a pirataria: com a ascensão da tecnologia de gravação e cópia de CDs, surgiram os CDs falsificados, que todos conhecemos e que são vendidos em todas as esquinas. Segundo veio o compartilhamento P2P, download de MP3 e tudo que conhecemos para troca de arquivos.
Ou seja, são duas frentes contra uma indústria que existe há quase cem anos. Estava na hora de reciclagem do modelo. E parece que o Radiohead deu o primeiro passo, o pioneiro.
Algumas outras bandas e cantores já fizeram isso, como o Green Day, mas desistir da gravação de álbuns, pelo que sei, o Radiohead será a primeira grande banda.
Sempre defendi que a Web oferece modelos de negócios para qualquer setor, até mesmo para o tão complicado jornalismo. O Wall Street Journal, por exemplo, vai cobrar por conteúdo segmento e avulso de determinadas áreas, mas manterá gratuito o conteúdo geral. É, ao meu ver, o modelo mais viável, apesar que acho que a ecologia da informação já não circula como era há 30 anos atrás.
O grande problema é que ainda existem comportamentos que vão contra a maré da Web. Como ir contra o meio de comunicação que mais cresce nesse século? Dizem que a Web não oferece muitas alternativas viáveis comercialmente. Mas acho que primeiro deve tirar todo preconceito e preceitos do século passado da cabeça e depois refletir sobre modelos em Web.
Para mim, falta mais atitude de pensamento do que modelos de negócios na Web.
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