Estamos chegando ao fim do Twitter? #not

Para quem acompanhou as últimas notícias em Social Media (tirando os acontecimentos no Egito, que, pelamor, já deu o que falar né?), deve ter visto algo sobre a possível venda do Twitter para o Google ou o Facebook, por 10 bilhões de dólares. Se não viu, clique aqui e veja no Mashable.

Pois bem, antes disso, eu li um artigo de Jack London no “Pequenas Empresas, Grandes Negócios” falando sobre um “Adeus, Twitter”. Por favor, leia e veja o que acha.

E depois da notícia sobre a possível venda, leio novamente um prenúncio do fim dos tempos aqui, em um artigo do Estadão. Perceba que ambos foram publicados em dois grandes portais.

Primeiro, julgar qualquer coisa na internet apenas pelo seu volume de tráfego, é a mesma coisa que tirar conclusão de um texto apenas pelo seu tamanho. A fragilidade da análise é grande. Visitantes únicos no site do Twitter não conta:

– Softwares e sites que utilizam a API
– Acesso via mobile

A justificativa utilizada é de que em 2009 houve um explosão de acessos, etc. Agora veja: se em 2009 eu estava acessando o Twitter via web, você não acha bem provável que, após um ano de uso, eu aprimore a minha experiência e utilize o Twitter em algum aplicativo, como Tweetdeck, ou que utilize via celular? Ou seja, ao meu ver, a causa da queda no volume de visitas se deve à consolidação do uso da ferramenta.

Na notícia do Mashable, havia dois grandes destaques sobre recordes de tweets por segundo. E, na minha experiência com monitoramento de buzz, só vejo crescer, cada vez mais, o volume de posts vindos do Twitter. Não vou dizer que volume de posts significa maior penetração da ferramenta, etc (=senão estaria sendo igual ao Jack London), mas pesa o fato das duas grandes potências na internet, Google e Facebook, estarem interessados na compra do Twitter. Pensar que “ah, está começando a entrar em crise, vou vender” é esquecer do outro lado. Ninguém compraria algo se ela não fosse rentável ou que não tivesse futuro.

E dizer que Google/Facebook vai mudar tudo no Twitter seria um tiro no pé. Como eu disse antes, a ferramenta está mais consolidada. O formato microblogging veio para ficar. Acredito (e é comprovado) que todo tipo de mídia não substitui nada: apenas remodela o universo midiático. Ou seja, para mim, essas idéias de “fim do Twitter” me lembram muito do começo de 2009, quando a ferramenta começou a explodir e diziam “o Twitter vai matar os blogs”, ou seja, vida longa ao passarinho azul.

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