Transmídia e Multiplataformas, por @ferinmotion #transmedia
Esse post faz parte de uma série de posts sobre Transmídia, que serão escritos pelo Fernando Collaço.
O recém-lançado artigo da Forbes, Transmedia vs. Multi-Screen Distractions, de Michael Matthews, traz algumas informações acerca de uma prática cada vez mais recorrente: a utilização de um dispositivo móvel (como smartphones, tablets ou laptops) e/ou de redes sociais, de forma simultânea ao ato de assistir televisão. O assunto, apesar de ser um pouco batido, aponta para pesquisas quantitativas que auxiliam todos aqueles que pretendem e/ou atuam nas áreas de desenvolvimento de conteúdos/aplicativos em geral, cuja preocupação perpassa a compreensão do público que pretende atingir (além também de servir como ponte para as inovações na área de televisão, que serão abordadas no próximo post). Partindo de algumas pesquisas realizadas nos EUA, Michael Matthews elenca alguns dados sobre o tema que falam por si só:
-56% dos americanos assistem TV enquanto navegam pela Internet, dos quais 40% estão em alguma rede de relacionamento.
-37% dos americanos ocupam-se em escrever textos para dispositivos móveis enquanto assistem TV.
-52% das comunicações que ocorrem enquanto os usuários do Facebook estão assistindo TV contabilizam frases como “Estou assistindo” seguido do nome do programa e 19% desses casos estudados deram início à conversas sobre o programa assistido
-Constatou-se que os smartphones representam 60% das distrações causadas por aparelhos que chamou de “mídias de distração”
Por experiência própria de uso e observação, é possível perceber que o mesmo fato vem se repetindo no Brasil de forma maciça entre aqueles que mais possuem acesso às novas ferramentas tecnológicas. Mesmo sem pesquisas quantitativas, torna-se claro a importância desse fato para os produtores de conteúdo.
Dessa forma, cresce a demanda por produtos de caráter transmídia, os quais buscam a criação desses tentáculos narrativos para envolver seus espectadores, recuperá-los da distração e dispersão de outros conteúdos disponíveis, aumentando assim a chances de êxito em seus objetivos de mercado.
Alguns exemplos de destaque são exploradas no artigo original e, no caso brasileiro, poderíamos citar:
– O reality show A Fazenda, que se utiliza do tradicional burburinho causado pelos reality shows e à ele cola estratégias, como uma cobertura online dos bastidores da atração e aplicativo no Facebook.
– Os jogos do Campeonato Brasileiro, os quais contam com a continuidade do conteúdo em sites especializados, que trazem estatísticas, vídeos, aplicativos, como o CartolaFC, que se prendem ao tradicional burburinho produzido pela paixão pelo futebol e acabam por manter o consumo do conteúdo e da marca por um tempo ainda maior.
As empresas de entretenimento observam a cada dia o quanto essa extensão do assunto abordado na TV, aliado ao buzz que se produz na internet, contribui para que os programas ganhem uma sobrevida e atinjam/envolvam boa parte do público que se dispersa por outras plataformas disponíveis.
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